17 novembro 2016

GAMIFICAÇÃO - Jogo do Bingo

Temos a imagem clássica deste jogo de entretenimento, mas podemos fazê-la evoluir e  adaptá-la ao nosso ambiente de trabalho. Usar o Bingo em educação é uma oportunidade excepcional para pôr em prática a gamificação tão em voga.


Logicamente, temos de começar por esquecer o conceito de bingo tradicional: nem vamos sortear bolas, e nem sequer vai haver números. Conceber um bingo em educação servirá para concentrar os alunos e conseguir que prestem atenção a uma determinada tarefa. Como? Vamos ver.

O funcionamento do bingo tradicional consiste em ir marcando num cartão os números que, aleatoriamente, vão surgindo. O primeiro que complete linha ganha um prémio menor; o que complete o cartão ganha o prémio maior.

O mecanismo para utilizar o bingo em educação é parecido, mas diferente em alguns aspectos. Por exemplo, não necessitamos de números, mas sim de objetivos, de forma que o cartão de cada aluno terá uma série de objetivos. Podem ser diferentes para cada um, ou comuns a toda uma turma; cabe ao docente decidir.
Assim, usar um bingo em educação pode ter vários e diversos objetivos.  Por exemplo:
  • Dar a resposta correcta a um exercício planeado pelo professor.
  • Ajudar um colega a entender um determinado conceito.
  • Ir ao quadro explicar um exercício.
  • Completar um determinado tema.
  • Organizar os apontamentos, utilizando cores diferentes para títulos, enunciados, etc.  
  • Utilizar esferográfica em vez de lápis, na aula
  • Não necessitar de borracha para apagar durante um dia inteiro.
O docente é que decide

Como vemos, estas metas são genéricas, mas rapidamente podemos chegar a objectivos específicos segundo matéria, tema, conceitos a explicar, etc. Em qualquer caso será o professor a decidir que objetivos definir para este bingo educativo, adequando-o a variáveis como diversidade dos alunos, tempo necessário para completar os cartões (um por dia? um para a semana?), número de objectivos por cartão ou outros mais. 

Uma vez clarificados os objectivos, podemos criar os cartões e imprimi-los. E existem múltiplas ferramentas para isso, desde criá-los de uma forma artesanal com aplicações de tipo Microsoft Word ou com modelos e software específico.
Por exemplo, uma busca com os termos “bingo templates” (modelos de bingo) leva-nos a mil resultados, todos eles válidos para o que procuramos ainda que, certamente, focados no jogo de azar. 
Uma busca mais específica (“bingo education templates”) leva-nos por exemplo a este modelo simples igualmente válido e editável para que o personalizemos. 
Outros links interessantes são por exemplo Tools For Educators, onde poderemos criar bingos com imagens predefinidas, vocacionadas para o pré-escolar e os primeiros anos do 1º ciclo; ou o gerador de bingos de TeAchnology que é simples e fácil de utilizar.
Mais específico ainda é o Bingo Card Generator, que permite personalizar e editar os objetivos a inscrever nos cartões. Tão simples como escrever linhas (uma por cada “casa”) e a ferramenta encarregar-se-á do resto. Também permite escolher entre alguns dos modelos, tudo de forma gratuita. Com uma busca encontraremos muitos outros recursos para poder criar cartões de bingo educativo.

Uma vez realizado este trabalho, também se pode pensar em recompensas para os que consigam linha e para os que completem o cartão ou inclusivamente para os que, simplesmente, consigam  completar casas. Ficará ao critério de cada docente decidir como premiar o jogo.

O uso de bingo em educação não é novo, e múltiplos docentes falam  dos benefícios do seu uso na aula. Seja qual for a matéria ou a idade dos meninos, este é um daqueles recursos que podemos experimentar, com uma preparação simples.

Este é um jogo que encontra nos primeiros anos de escola o seu público-alvo principal; no entanto, o seu potencial faz com que possamos encará-lo como um recurso para anos de escolaridade mais avançados, e em várias disciplinas, nomeadamente no ensino das línguas estrangeiras.

Texto traduzido e adaptado livremente. Encontre o original no link abaixo:


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