Temos a imagem clássica deste jogo de
entretenimento, mas podemos fazê-la evoluir e
adaptá-la ao nosso ambiente de trabalho. Usar o Bingo em educação é uma oportunidade excepcional para
pôr em prática a gamificação tão em voga.
Logicamente, temos de começar por
esquecer o conceito de bingo tradicional: nem vamos sortear bolas,
e nem sequer vai haver números. Conceber um bingo em educação servirá para concentrar os alunos e
conseguir que prestem atenção a uma determinada tarefa. Como? Vamos ver.
O funcionamento do bingo tradicional
consiste em ir marcando num cartão os números que, aleatoriamente, vão
surgindo. O primeiro que complete linha ganha um prémio menor; o
que complete o cartão ganha o prémio maior.
O mecanismo para utilizar o bingo em
educação é parecido, mas diferente em alguns aspectos. Por exemplo, não necessitamos de números, mas sim de objetivos, de
forma que o cartão de cada aluno terá uma série de objetivos. Podem ser
diferentes para cada um, ou comuns a toda uma turma; cabe ao docente decidir.
Assim, usar um bingo em educação pode
ter vários e diversos objetivos. Por exemplo:
- Dar a resposta correcta a um exercício planeado pelo professor.
- Ajudar um colega a entender um determinado conceito.
- Ir ao quadro explicar um exercício.
- Completar um determinado tema.
- Organizar os apontamentos, utilizando cores diferentes para títulos, enunciados, etc.
- Utilizar esferográfica em vez de lápis, na aula
- Não necessitar de borracha para apagar durante um dia inteiro.
Como vemos, estas metas são genéricas, mas
rapidamente podemos chegar a objectivos específicos segundo matéria, tema, conceitos
a explicar, etc. Em qualquer caso será o professor a decidir que objetivos definir para este bingo educativo, adequando-o a
variáveis como diversidade dos alunos, tempo necessário para completar os cartões
(um por dia? um para a semana?), número de objectivos por cartão ou outros mais.
Uma vez clarificados os objectivos, podemos criar os cartões e imprimi-los.
E existem múltiplas ferramentas para isso, desde criá-los de uma forma
artesanal com aplicações de tipo Microsoft Word ou com modelos e software
específico.
Por exemplo, uma
busca com os termos “bingo templates” (modelos de bingo) leva-nos a mil resultados, todos eles válidos para o que
procuramos ainda que, certamente, focados no jogo de azar.
Uma busca mais
específica (“bingo education templates”) leva-nos por exemplo a este modelo simples igualmente
válido e editável para que o personalizemos.
Outros links
interessantes são por exemplo Tools
For Educators, onde poderemos criar bingos com imagens predefinidas, vocacionadas para o pré-escolar e os primeiros anos do 1º ciclo; ou o gerador de bingos de TeAchnology que é simples e fácil
de utilizar.
Uma vez realizado este trabalho, também
se pode pensar em recompensas para os que consigam linha e para os
que completem o cartão ou inclusivamente para os que, simplesmente, consigam
completar casas. Ficará ao critério de
cada docente decidir como premiar o jogo.
O uso de bingo em educação não é novo, e múltiplos docentes falam dos benefícios do seu uso na aula. Seja qual for a
matéria ou a idade dos meninos, este é um daqueles recursos que podemos experimentar,
com uma preparação simples.
Este é um jogo que encontra nos primeiros anos de escola o seu público-alvo principal; no entanto, o seu potencial faz com que possamos encará-lo como um recurso para anos de escolaridade mais avançados, e em várias disciplinas, nomeadamente no ensino das línguas estrangeiras.
Texto traduzido e adaptado livremente. Encontre o original no
link abaixo:
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